Lenda do Castelo da Lousa

Lenda do Castelo da Lousa

Diz a lenda que na manhã de S. João aparecia uma mulher no castelo da Lousa, metade mulher e metade serpente, com um tesouro muito grande, muito ouro, uma riqueza enorme.
E só nesse dia, é que ela expunha o tesouro, para que as pessoas o pudessem ver.
Conta-se que alguém a viu há muitas décadas atrás… E como desencantar aquela jovem que tinha sido encantada em metade mulher e metade serpente e ficar com o tesouro?
Tinha que ser numa noite de lua cheia, à meia noite, por pessoas que não tivessem medo, pois encontrariam algumas situações no caminho, onde seria preciso mostrar a coragem e a valentia e nunca mostrar o medo, pois se tal acontecesse, não conseguiriam desencantá-la, nem ficar com o tesouro.
Diz-se que a pessoa que a quisesse desencantar e ficar com o tesouro, teria que numa noite, à meia noite, ir ter com a princesa e ser beijado por ela.
 A determinada altura um jovem que tinha muita coragem, decidiu ir desencantar a moça.
 A zona do castelo ficava numa zona mais baixa e haviam uns cabeços com muito moinhos  e velas a rodar. Essa foi a primeira situação que teria que ultrapassar sem mostrar receio.
E o jovem assim fez. Conseguiu ultrapassar o primeiro obstáculo com a sua valentia!
Mais adiante, encontrou muitas cobras e teve que passar por elas… o jovem corajoso assim fez e conseguiu vencer o segundo obstáculo.
Agora já só faltava chegar perto da princesa para que esta o pudesse beijar, quebrar o encantamento e ficar com o tesouro.
Assim o jovem conseguiu aproximar-se dela mas, no momento em que ela ia beijá-lo ele recuou por breves instantes, revelando um gesto de receio…

O encanto não foi quebrado e o tesouro continuou ao lado da princesa, que até hoje, continua encantada e à espera de alguém corajoso, que não tenha medos, que a possa desencantar e ficar com o maravilhoso tesouro.

Baseado nos relatos orais do Sr. Horácio Guerra - abril 2017

O castelo da Lousa

Preservação do Castelo da Lousa antes de ser submerso pelas águas do Alqueva

Sem comentários:

Enviar um comentário